Israel e Hamas retomaram nesta segunda-feira (6), no Cairo, negociações indiretas para encerrar a guerra na Faixa de Gaza, prestes a completar dois anos. Desta vez, o diálogo gira em torno de um plano elaborado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que propõe termos para a paz, a libertação dos reféns israelenses e o futuro de Gaza no pós-guerra.
A proposta americana já foi aceita por Israel, enquanto o Hamas afirmou concordar em libertar todos os reféns, mas pediu novas conversas sobre outros pontos do acordo.
As tratativas, mediadas pelo Egito, contam com a presença do enviado especial americano Steve Witkoff e do genro de Trump, Jared Kushner. O secretário de Estado, Marco Rubio, declarou que 90% do acordo está concluído e que a parte logística está sendo finalizada. Trump afirmou acreditar que os reféns serão libertados “muito em breve”. A movimentação ocorre às vésperas do segundo aniversário do ataque terrorista do Hamas contra Israel, ocorrido em 7 de outubro de 2023.
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, disse esperar que todos os reféns em Gaza sejam trazidos de volta “nos próximos dias”, mas ressaltou que não cumprirá nenhum termo do acordo antes da libertação total dos cerca de 50 reféns ainda em cativeiro. Já o Hamas declarou à agência AFP que busca um “resultado positivo” nas negociações, embora tenha protestado contra os bombardeios israelenses que continuam em Gaza.